sexta-feira, 4 de maio de 2012

MAY THE 4TH BE WITH YOU!

MAY THE 4TH BE WITH YOU!
    Desde o surgimento dos meios de comunicação a vida vem sendo manipulada para que se compre a felicidade. Vendidas em massa, enlatados com marcas, nomes - os conhecidos produtos nos são oferecidos e empurrados mesmo sem nossa procura.
    Quem não deseja uma internet mais fácil, uma tecnologia para a vida, a vida na sua mão, as melhores coisas da vida?
    Slogans, as expressões de fácil memorização, repetitivas com alguma idéia ou propósito. Geralmente com propósito comercial, algumas com carácter social. Estão presente, explodindo em narrações e brilhando aos olhos desatentos. Turbilhão de pensamentos direcionados, muitas vezes não consciente.
    Um dos meus favoritos? “Que a força esteja com você.” Frase da famosa saga Star Wars, é um lema da cultura pop com algum sentido espiritual.
    O dia  4 de maio é considerado o Star Wars Day, devido ao trocadilho, ou paronomásia da  frase “May the Force be with you” com "May the fourth be with you". Cuja a tradução da segunda, seria: “Que o 4 de maio esteja com você.”
    Para a maioria das pessoas uma data normal. Para mim, uma comemoração de um dia nerds. Star Wars se tornou uma forte referência na cultura pop.
    Desenhos como: The Simpsons, Futurama, Grim & Evil, The Fairly OddParents, Muppet Babies;prestam homenagens à saga. Em especial Family Guy que dedica alguns filmes inteiros à Star Wars.
    Filmes como: Austin Powers, As Viagens de Gulliver, Os Homens que Encaravam Cabras, Uma Noite no Museu 2, e ainda Fanboys que é todo dedicado ao Clássico dos cinemas.
    Os seriados de tv também prestam suas homenagens: The Big Bang Theory, Two and a Half Men, Supernatural, How I Met Your Mother – que além de usar várias menções, dedica o episódio Trilogy Time para mostrar a devoção de alguns personagens ao histórico filme.
    Voltando ainda mais no tempo, aos catorze anos conheci Vitória, uma garota descolada, um pouco cult, gostava de blues e jazz. Era loira, olhos claros, tinha como sonho ser enfermeira. Era bastante patricinha, já tinha seus 15 anos e era muito inteligente. (Naquela época, ser inteligente era se ter boas notas no colégio, ela tinha, nada excepcional, mas chega bem perto das minhas),
    Ela gostava muito de mim, mas na minha recém adolescência, mesmo sendo um cara tímido, tinha alguns desejos de mulher ideal. Era mais sonhador e acreditava que tudo sempre tinha que ter um final feliz. Mal sabia eu, que para alcançar esse final dependia de muita luta.
    Adorávamos assistir De Volta Para o Futuro, O Poderoso Chefão  e Indiana Jones.  A trilogia favorita dela era Indiana Jones, a minha era De Volta Para o Futuro.
    Até que na hora do intervalo entre as aulas, estávamos sentados na lanchonete e comentaram sobre o lançamento do episódio I de Star War. Ela perguntou, ingenuamente: - Star o quê?
    O ano era 1996, as pessoas não eram tão ligadas em Star Wars, talvez Star Trek fosse mais conhecido (fique claro que sempre fui mais Trekker, mas gosto de Star Wars – não tenho a rivalidade demonstrada em Fanboys). A mídia naquela época não era voltada ao geeks. (Não era chic ser geek - era weird ser nerds).
    A Mtv naquela época era um canal de música (brincadeiras a parte) que mal tinha seus 6 anos, séries de sucesso eram: Confissões de Adolescente, Beverly Hills, 90210 (Barrados no Baile), Melrose Place, Party of Five (O Quinteto) – a maioria dublada e passavam na rede globo ou tv cultura. Para ter uma idéia Malhação estava no seu segundo ano de novela e a tv acabo era para uma elite muito seleta.
    Voltando a história de Vitória. Expliquei calmamente o que eu sabia sobre a Star Wars, a até então trilogia do cinema que despertava o interesse dos fãs de ficção científica.
    Ela solta um olhar de desprezo e fala: - Ah, tá. Parece bem chato.
    Eu argumento falando que prefiro Star Trek e etc... Mostro as diferenças das séries e tal.
    Ela: - Vocês e esses papos de estrelinhas, são muito estranhos MESMO!
    Eu indignado falo que é só uma opinião sobre ficção científica e tal. Assim, como De Volta Para o Futuro.
    Ela: - Ok, para mim chega. Podem brincar com suas miniaturas, e fantasiar o quanto quiserem. Sei lá o que eu faço andando com vocês.
    Eu: - Ãhm?
    Vitória: - É, isso mesmo, eu to te deixando brincar com seus brinquedos. SO-ZI-NHO!
    Eu: - Ok, eu ainda vou brincar com alguém que goste dos meus brinquedos.
    Pois, é ... Resumo da história - perdi a Vitória. Por enquanto, dessa história, tem mais.

Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb

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