quarta-feira, 2 de maio de 2012

MONSTROS DA NOITE

MONSTROS DA NOITE
    A noite são loucas, longas ou curtas dependem do divertimento e do grau alcoólico. Costumo contar o tempo em doses, copos ou garrafas; algumas vezes ainda me divirto contando músicas.
    Tenho algumas amnésias alcoólicas. Esqueço nomes, assuntos e detalhes que reparo. Algumas vezes minhas noites são rotinas e acabo perdendo a diversão ou sendo o centro dela.
    O maior problema acontece com as garotas fantasmas. As garotas fantasmas são aquelas que conheço durante a noite, quando a iluminação está fraca e a conversas ao pé do ouvido. A lembrança delas é vaga, algumas me assustam por me divertirem de maneira excepcional e no dia seguinte não lembro nem o nome. Algumas chegam a dar calafrios e pediria ajuda ao Dr. Peter Venkman (personagem de Bill Murray) para caçá-las, aposto que ele seriam um excelente wing.
    Juro que não é maldade, simplesmente esqueço. Lembro de detalhes da conversa, algumas vezes a fisionomia.
    Adoro quando as reencontro e elas me cumprimentam primeiro, dizem que eu tenho um rosto fácil e único, mas eu tento agir naturalmente, mesmo sem lembrar. Deve existir alguma técnica para facilitar, talvez pesquise sobre políticos e artistas para ver se eles possuem algum segredo.
    Algumas vezes participo de jogos alcoólicos. O meu favorito é "Jogo de Assoprar Cartas" ou “Fadinha”. Ele consiste em assoprar um maço de cartas que fica em cima de um copo, sendo que se deve derrubar no mínimo uma carta.     O problema é que não se pode derrubar a última carta do maço, sendo que se você derrubar essa carta deve-se virar uma dose de bebida alcoólica. Se o infeliz conseguir derrubar o copo junto, bebe-se uma dose dupla. Mas se você acha que esse jogo prejudica o jogador que só tem a opção de assoprar a última carta, está enganado. Caso o jogador consiga fazer a última carta "dar um mortal", ou seja, assoprar de uma maneira que a carta vire e caia estável em cima do copo. Todos os "outros" jogadores devem beber uma dose e contemplar o ato heróico.
    A noite é cheia de vampiros sociais também, aqueles que sempre aparecem e tentar sugar contatos, abordar com assuntos desagradáveis e parecer popular, também chamados de pagadores de coca-cola que tentam de maneira desesperada arranjar uma turma. Eles pode ser dos que cobram comportamentos, criticam negativamente, grudam nas pessoas, reclamadores, bajuladores, lamentadores, negativistas e encrenqueiros.
    A noite é cheia de mistérios e arquétipos: desde lobas e lobos, fadas, fantasmas, vampiros, dragões, múmias, zumbis e etc.
    Quando sair, arme-se de bons pensamentos e boas intenções, pois nunca sabemos que categorias de monstros podemos encontrar.

Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb

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