NÃO UM TRIÂNGULO AMOROSO, TALVEZ UMA TRILOGIA AMOROSA – parte I
Triângulos amorosos, envolvem três pessoas e implica que duas dessas pessoas estejam envolvidas romanticamente a uma mesma pessoa, ou ainda, que cada uma sinta alguma coisa pelos outros dois.
Já me envolvi em relacionamentos onde amigos gostaram da mesma pessoa que, ou ainda, que ficaram com os alvos amorosos antes ou depois de mim. Nada de extraordinário. nada como a Quadrilha de Carlos Drummond de Andrade, ou a Flor da idade de Chico Buarque. Numa turma em especial, era mais como um jogo de ligação de pessoas onde tínhamos coringas que ficaram com quase todos. (Não, eu não era um desses coringas.)
Vou chama de trilogia não porque dividirei em três partes. Chamarei de trilogia por envolver três histórias. Não histórias sequenciais, histórias simultâneas. Histórias de três relacionamentos sem compromisso nenhum, mas com carinho, amor, ódio, doçura, canalhice e cafagestagem.
A parte dos três relacionamentos são dedicados aos meus apenas três relacionamentos. Pelo que eu sei, envolve muito mais gente e elas um dia quem sabe contarão.
Eu era um garoto com apenas 20 anos, calouro na faculdade. Digamos que com eles aprendi muita coisa, posso resumir em 3: vontade, tempo e desejo.
Larissa, Keli e Diane.
Vou começar por Keli, ela era minha confidente na adolescência. Gostávamos de conversar sobre nossos relacionamentos. Eu estava com Vivian na época e ela com Ramirez. Lembro da primeira imagem dela. Uma garota oriental com uma mecha de cabelo dourado em seus longos cabelos negros. Magra, muito magra e com aparelhos de borrachas verde. Olhos cor de mel, com roupas largas, não era difícil confundi-la com um rapaz. Essa imagem é seguida por um X-salada e coca-cola, e obviamente com maionese escorrendo pelo sanduíche.
Não era uma imagem romântica. Lembre-se que eu estava apaixonado por Vivian. Keli gostava de coisas de garotos: filmes de garotos, bandas de garotos, desenhos de garotos e principalmente gostava de garotos.
Ela tinha seus gostos de garota e gostos por garotas. Mas não é disso que se trata a história.
Passávamos noites conversando, minha companhia de ICQ e começo do MSN.
Tinha desenhos de vários tipos de traços. Isso é uma qualidade artística que sempre chamou minha atenção.
Ela não acreditava em signos zodiacais, ela era perita em sinais. Sabia usar a palavra certa na hora certa. Sabia não falar num momento decisivo. Seus gestos, cada movimento era sexy. Criava cores em seus cabelos, cortes que ela mesma fazia. Transformava panos em vestimentas e sabia escolher os poucos acessórios que usava.
Os perfumes, adorava masculinos. Nunca os masculinos demais. Era marcante e sedutora. Tinha um olhar safado inesquecível.
Nos aproximamos mais por brincadeira. Éramos amigos já fazia algum tempo. Tínhamos alguns gostos semelhantes e resolvemos ir ao cinema. Acabamos ficando. Uma, duas, três vezes. Nosso relacionamento não tinha cobranças. Um passatempo muito divertido.
Eu ainda inocente. Um garoto perto de uma mulher, como diria Leoni.
Lembra da história da marca no rosto? Então, aquela não era a única história sobre tapas na minha vida. Com Keli lembro de duas, fora essas, creio que mais umas duas.
O primeiro tapa que levei de Keli foi aos 18 anos, estávamos saindo de uma discoteca GLS, nos atracando pelas ruas da cidade. Entre beijos ferozes e puxões de cabelos excitantes, paramos em frente de sua residência, um condomínio com portaria.
E no auge dos meus 18 anos ela pergunta. - O que você quer comigo?
Eu respondo: - Só sexo.
Um tapa instantâneo surge que me vira o rosto com crueldade.
Ela emenda: - Sabia que sinceridade machuca?
Eu respondo: - Não estava sendo sincero, estava sendo cínico. (Pensei comigo: Impudente; obsceno; impudico.)
Não nos falamos por 2 anos.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Mídias, artigos acadêmicos, multidisciplinaridade, arte, história em quadrinhos, contos, poesias, tirinhas, fotos, imagens. Diário de um artista amador.
artista:def. pessoa que cultiva as belas-artes ou as artes mecânicas; pessoa que exerce uma arte; amante das artes; talentoso; astuto, manhoso.
amador:def. namorador; apreciador; cultor curioso de qualquer arte; aquele que tem conhecimentos pouco aprofundados sobre determinado assunto.
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